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Empresas evitam falência com cooperativismo

Data: 02/04/2014 00:00

Empresas próximas da falência, com dívidas e grandes dificuldades financeiras, conseguiram sobreviver com a união dos trabalhadores. Hoje, elas mantêm a produção ou oferecem serviços, garantindo trabalho e renda para centenas de pessoas no país. O cooperativismo foi solução encontrada para superar os obstáculos, que se transformaram em histórias de sucesso.

Além de contribuir para a manutenção do trabalho de aproximadamente 30 professores, a criação da Coopgram (Cooperativa de Professores de São Sebastião da Grama), permitiu que os 150 alunos terminassem o ano letivo. “A escola estava cheia de dívidas e assumimos há sete anos para não fechar as portas”, relata Evaldo Natal Buffo, presidente da cooperativa.

Hoje, a Coopgram conta com 250 alunos e está instalada em um outro prédio na pequena cidade de 10 mil habitantes. As dívidas foram liquidadas e os professores estão no comando da escola. “Se não fosse a opção pelo cooperativismo não teríamos mais a escola e os professores estariam desempregados”, sentencia Evaldo.

OPORTUNIDADE – A Cooperativa Educacional de Itapetininga (CEI) nasceu em abril de 2009 depois de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O ex-proprietário da escola utilizava o sistema cooperativista de forma irregular. Os professores reivindicaram as mudanças e com o TAC passaram finalmente a constituir uma cooperativa regular. “Deu um novo ânimo para todos, mas por outro lado aumentou a nossa responsabilidade”, afirma Plínio Teodoro, responsável pela administração da CEI.

Segundo ele, hoje a escola conta com 115 alunos e 22 cooperados. “Um grupo forte domina as escolas particulares aqui na região de Sorocaba. Quem está fora desse grupo não consegue aulas. A cooperativa é uma alternativa para esses professores”, ressalta Plínio.

VIDROS – A Cooperativa de Trabalho de Produção de Vidros (Cotravic) também nasceu por vontade dos trabalhadores. Em 1998, os donos da antiga Firenze Indústria de Vidros e Cristais decidiram fechar a companhia e demitir 275 funcionários. “Para não perder o emprego, resolvemos assumir a empresa como cooperativa”, explica Francisco Misael Degasperi, presidente da Cotravic.

A solução encontrada foi transformar as dívidas que a companhia tinha com os trabalhadores nos bens da empresa. “Compramos os equipamentos com o dinheiro que a empresa tinha que pagar os direitos trabalhistas”, conta Degasperi. Hoje, o empreendimento conta com 145 cooperados e está em um novo prédio em Ferraz de Vasconcelos. A Contravic produz cerca de 220 mil peças mensais como copos, jarras, taças, pratos, entre outros utensílios de vidro. (Matéria publicada no jornal DCI, dia 31 de março – Sistema Ocesp).

 

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