O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou hoje da abertura de uma das feiras mais aguardadas do mundo agropecuário: a Tecnoshow Comigo 2014, que ocorre na cidade goiana de Rio Verde, até a próxima sexta-feira, dia 14. Dentre as autoridades que participaram da abertura do evento, esteve presente o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e o governador goiano, Marconi Perillo.

Neste ano, a feira discutirá – com maior destaque – a produção industrial de etanol a partir do milho, objetivando a produção de combustível anidro ou hidratado em larga escala.

FORTALECIMENTO – “O Brasil não caminharia sem a ajuda do produtor rural. É do campo que sai todo o desenvolvimento do nosso País. Homens e mulheres trabalham sol a sol a fim de produzir, empreender, melhorar de vida e contribuir com todas as famílias brasileiras. É preciso reconhecer o trabalho honrado dessas pessoas. Acredito que eventos como a Tecnoshow são uma excelente estratégia para fortalecer a agropecuária e, por consequência disso, a economia brasileira”, considera o presidente Márcio Freitas.

COOPERATIVISMO – Segundo o IBGE, as cooperativas do ramo agropecuário representam um importante incremento na produção brasileira. Por exemplo: 48% do café nacional, 44% do algodão, 43% do milho e 35% de arroz são produzidos pelo setor cooperativista.

ENERGIA - O governador Marconi Perillo anunciou que está empenhado em resolver definitivamente a questão da demanda por energia no Estado. "A bola da vez tem de ser o setor elétrico", expôs durante o discurso no evento, ao justificar que esta é a área "mais nevrálgica, mais emblemática" do Estado hoje. Por isso, enfatizou, que está em fase de conclusão o acordo de acionistas com a Eletrobrás, que prevê investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos dois anos.

Segundo Marconi, o governo estadual investe vultosos recursos em infraestrutura - estradas, saneamento, aeroportos - mas a questão da energia não é culpa do Estado, uma vez que o comando da Celg foi transferido à Eletrobrás há dois anos e três meses, faltando concretizar somente o repasse do controle acionário. Ele ressaltou que já foi a Brasília inúmeras vezes para cobrar investimentos da Eletrobrás na Celg, porque a economia do Estado cresceu muito nos últimos anos e há demanda crescente por energia.

ETANOL – A produção do etanol à base de milho é antiga no Brasil, mas ocorre em pequenas quantidades, sendo voltadas principalmente para fins alimentícios, cosméticos e industriais. Segundo o representante de vendas da Divisão de Biociências Industriais para a DuPont América Latina, João Occhiucci, o que se tem vislumbrado neste mercado é uma nova possibilidade de uso, com a aplicação da matéria-prima como alternativa ou complementar à cana-de-açúcar para produção do etanol combustível anidro ou hidratado em larga escala.

A nova tendência de mercado será discutida na palestra 'Etanol de milho no Brasil: oportunidades, tecnologia e desafios', que ocorrerá na Tecnoshow amanhã, no Centro Tecnológico Comigo, em Goiás. De acordo com o palestrante, João Occhiucci, já existem iniciativas isoladas em operação no estado do Mato Grosso, e a tendência é da expansão desta possibilidade para outras fronteiras, incluindo Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

“O conceito Flexmill – ou seja, o uso do milho como complemento à cana-de-açúcar nas atuais usinas – pode trazer fôlego novo à indústria uma vez que agrega benefícios, como o uso do ativo fixo da usina durante o ano todo”, destaca o pesquisador.

Fonte: Sistema OCB