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Soja impulsionou avanco recorde da Coamo em 2018

Data: 19/02/2019 00:00

Autor: OCB

De acordo com resultados aprovados na sexta-feira em assembleia de cooperados, a Coamo encerrou o ano passado com receita total de R$ 14,8 bilhões, quase 34% maior que em 2017. Na mesma comparação, as sobras (lucros) do grupo cresceram 8%, para R$ 800,4 milhões.

Segundo José Aroldo Gallassini, presidente da cooperativa, além de a colheita de soja ter crescido na safra 2017/18 - a produção nacional bateu um novo recorde -, os volumes movimentados pela Coamo também cresceram graças à estratégia de comercialização dos associados.

De olho na tendência de aumento de preços que foi confirmada no início de 2018 com a quebra da safra argentina, muitos cooperados seguraram parte da colheita do ano anterior. Foram 46 milhões de sacas de 60 quilos, que ajudaram a turbinar o faturamento do grupo.

No total, informou Gallassini, a Coamo recebeu cerca de 7,2 milhões de toneladas de grãos no ano passado. A soja representou entre 40% e 50% do total, e milho e trigo completaram o volume recebido em 112 unidades localizadas no Paraná, em Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul.

Com o câmbio favorável, a Coamo liderou as exportações paranaenses em 2018 com o recorde de 4,6 milhões de toneladas de produtos, que representaram um faturamento de US$ 1,8 bilhão, também o maior já observado.

Conforme a cooperativa, do volume de grãos recebidos foram industrializadas em seu complexo industrial localizado em Campo Mourão (PR) 1,5 milhão de toneladas de soja e 196,1 mil toneladas de trigo, além de 3,7 mil toneladas de café e 6,5 mil de algodão em pluma.

Segundo Gallassini, os negócios nessa frente ganharão grande impulso a partir de agosto, quando deverão ser inauguradas a nova fábrica de processamento de soja e a refinaria de óleo de soja que estão sendo construídas no município de Dourados (MS). Tais projetos absorveram a maior parte dos investimentos da cooperativa no ano passado, que totalizaram R$ 671,5 milhões.

Mas, apesar de comemorar os resultados expressivos de 2018, o presidente da Coamo está preocupado com o andamento da produção de grãos na área de atuação da cooperativa nesta safra 2018/19. Depois de um bom início de plantio, observa o dirigente, o clima adverso - falta de chuvas e calor excessivo – gerou quebras na colheita de soja no oeste e no noroeste do Paraná.

"Para a Coamo, essa quebra foi de cerca de 20%. E isso não significa que o preço vai subir, porque há excedente de soja no mercado internacional. Uma pena, porque nosso faturamento será afetado", disse Gallassini ao Valor.

O dirigente - que tem 77 anos, foi o idealizador da criação do grupo, em 1970, e é seu presidente desde 1975 - também adiantou que no fim do ano apresentará aos cooperados uma proposta de profissionalização da gestão.

Se de fato a proposta for aprovada, em 2020 ele deixará de comandar o dia a dia e se tornará presidente do conselho da cooperativa. (Fonte: Valor Econômico)

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